domingo, 16 de junho de 2019

O menino que descobriu o vento

Simplesmente maravilhoso, "casou" perfeitamente com meu objetivo de incentivar os alunos a estudarem e de preservação de valores e virtudes como: determinação e autoconfiança. Super indico, abaixo um texto sobre a história do filme para refletir e discutir com a turma.


William Kamkwamba tinha 14 anos quando construiu sua primeira turbina eólica, num vilarejo do Malaui, na África. O menino tinha sido obrigado a abandonar a escola, depois de seus pais não conseguirem pagar as mensalidades. Ele conseguiu construir o equipamento a partir de peças encontradas num ferro velho e um livro chamado Using Energy, disponível na biblioteca da vila.

Baseado nessa história real, o filme O menino que descobriu o vento, produzido pela Netflix, é uma ode à ciência e tecnologia. Ele mostra como tecnologias já conhecidas podem revolucionar a vida de comunidades carentes. A vila em que vivia Kamkwamba era formada por pequenos agricultores. Seu pai e seus vizinhos enfrentavam uma crise causada pela seca. No filme, o menino usa a turbina eólica para alimentar uma bomba d’água e criar um sistema de irrigação para a sua vila.

Na vida real, a primeira turbina eólica criada pelo jovem levou energia elétrica para a sua casa, alimentando quatro lâmpadas e dois rádios. O equipamento que forneceu água potável para a vila foi um projeto posterior. Antes de criar sua primeira usina eólica, Kamkwamba consertava rádios de seus vizinhos.

Autobiografia:
Dirigido por Chiwetel Ejiofor (que também interpreta o pai do protagonista), O menino que descobriu o vento foi baseado numa autobiografia de Kamkwamba, publicada em 2009. Ele ficou conhecido pela comunidade internacional ao participar da conferência TEDGlobal 2007, na Tanzânia. Com a visibilidade conquistada na conferência, Kamkwamba conseguiu apoio para terminar o ensino médio em Linlongue, capital do Malaui. Depois disso, recebeu uma bolsa para estudar no Dartmouth College, nos Estados Unidos, onde se formou em Estudos Ambientais.

O filme O menino que descobriu o vento mostra como um menino conseguiu, com seu talento para a engenharia, enfrentar problemas como a fome e a falta de recursos e mudar a vida de toda uma comunidade.

Cinco pontos a destacar sobre o filme "O menino que descobriu o vento"
1 - A oportunidade está em todo o lugar
Kamkwamba, sentia a todo instante a curiosidade e o desafio batendo a sua porta. Enquanto a fome assolava sua família, ele foi capaz de encontrar no vento a chave para trazer água para a sua comunidade. Não sabia como era possível, mas uma voz interior sempre o instigava a ousar. Em meio à seca africana, à fome, o sol escaldante e a oposição dos cegos de plantão, ele encontrou a oportunidade e prosperou.
2 - Empreender é questão de sobrevivência
Não há nenhuma novidade na literatura e nos cases de administração que lemos que as crises geram oportunidades. Muitas vezes, somente com um empurrão que abala nosso psicológico, saímos definitivamente da zona de conforto e criamos algo. William descobriu a energia eólica e muitos empreendedores descobriram que é possível prosperar após uma derrota.
3 - Resiliência amplia chances de sucesso
Um dos pontos que também precisa ser ressaltado durante o filme é o sentimento de angústia e desesperança perene. Sonhar em um mundo cético é avassalador. Mesmo sentados no conforto de nosso lar é possível sentir a angustia da situação, as críticas e o deboche. “Você gosta de fazer brinquedos, William”. Imagine ouvir isso enquanto você tem a solução para salvar milhões da fome.
4 - A negativa não pode nos desencorajar
A luta por defender argumentos, convicções com educação e respeito a todo o momento também marcam a personalidade de William. Quando tudo conspira contra, é preciso recomeçar. O personagem inspirado na história real comprovada com relatos e imagens chorou, apanhou e passou incríveis necessidades. Porém, nunca desistiu dos seus sonhos. Empreender é vender e pôr em prática sonhos todos os dias.
5 - Recursos importam, mas determinação supera
A falta de ferramentas, recursos e de apoio da sociedade ficaram evidentes em todo o filme. Mas sempre William surpreendia. Assistindo a aulas escondido, lendo livros técnicos rapidamente e vasculhando um lixão de ferro velho para encontrar baterias sem carga, o jovem perseverava.

Um comentário:

  1. 👏👏👏👏 "Casou" perfeitamente mesmo. Admiro muito seu olhar sensível professora.

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